Na França, as mulheres fizeram história. E que história! Em Champanhe, três delas acabaram viúvas ainda jovens e foram as grandes responsáveis por impulsionar os negócios da família e transformá-los em verdadeiros impérios. Na clássica e tradicional Bordeaux, uma herdeira também alavancou enormemente os negócios da família e inovou. Conheça um pouco da ousadia de Viúva Clicquot, Madame Pommery, Lilli Bollinger e Philippine de Rothschild e o faro que tiveram para os negócios. Além delas, mulheres da atualidade, incluindo brasileiras, continuam fazendo historia no mundo do vinho. Um brinde a todas. Salut!
Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot (1777 a 1866)
Esta é a mais famosa das viúvas de Champanhe, responsável pelos cobiçados e caros champanhes Veuve Clicquot. Perdeu o marido aos 28 anos e mesmo com uma filha pequena decidiu levar adiante o sonho de vender champanhe que tinha iniciado junto com o marido, com quem tinha uma boa relação. Num período em que as mulheres não ocupavam o mercado de trabalho, ela enfrentou muitas dificuldades para deixar a empresa de pé, se esforçando para vender seus vinhos à Rússia mesmo quando Napoleão Bonaparte estava em guerra com esse país. Sempre audaciosa e com uma crença no próprio negócio e em fazê-lo acontecer, é uma verdadeira inspiração.
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Jeanne Alexandrine Louise Mélin Pommery (1819 a 1890)
Louise Pommery, ou Madamme Pommery, como ficou conhecida, assumiu a vinícola em 1860, aos 38 anos, após a morte do marido. O casal já tinha feito fortuna no mercado de algodão e buscava uma vida mais tranquila.
Com dois filhos para criar, ao entrar para o mundo do Champanhe ela foi pioneira ao elaborar um espumante menos doce, que agradava especialmente os ingleses. Também criou quilômetros de cave subterrânea na bela cidade de Reims para armazenar a bebida, onde hoje é possível admirar peças de arte excêntricas, que ela tanto apreciava.
Élisabeth Law Lauriston-Bouber (1899 a 1977)
Conhecida por Lily Bollinger, ela perdeu o marido aos 42 anos, quando assumiu a Maison da família, a Champagne Bollinger, enfrentando o difícil e doloroso período da Segunda Guerra Mundial. Promoveu seu champanhe, equilibrando tradição e modernidade.
A qualidade da bebida era fundamental para ela, que percorria de bicicleta os vinhedos, sempre acompanhando o andamento das videiras. Gostava de estar por dentro de tudo o que se passava na propriedade e na elaboração do champanhe.
Baronesa Philippine de Rothschild (1933 a 2014)
Herdeira de uma das mais importantes vinícolas de Bordeaux, a baronesa Philippine Rothschild assumiu os negócios da família em 1988, após a morte do pai, alavancando de maneira considerável as vendas e também as exportações da Baron Philippe Rothschild.
Considerada uma das primeiras mulheres num cargo tão importante, ela apostou no faro para os negócios, unindo-se a Roberto Mondavi, viticultor dos EUA, para criar um vinho que está entre os melhores do mundo, o Opus One.
A empresa, que também produz no chile, foi modernizada pela baronesa, que criou novas marcas de vinhos, transformando cada um deles num legado.
Fotos: Reprodução da internet
Por Cleisi Soares, jornalista, WSET 1 e 2
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