A Merlot é uma uva tinta de corpo médio, macia, de cor vibrante e que na maioria das vezes produz vinhos aveludados.
Os primeiros registros desta variedade nos levam a 1783-4 no estuário de Gironde, em Bordeaux, na França. A escrita antiga era com u no final, Merlau.
A forma que conhecemos atualmente apareceu em 1824, no tratado dos vinhos de Médoc, onde também surgiu a hipótese mais convincente em relação ao nome. A variedade é conhecida assim, pois havia um pássaro negro que gostava de comê-la e ele era chamado de merlau em occitânico (língua românica falada no sul da França).
No final dos anos 1990, uma análise de DNA revelou que a variedade tem parentesco com a Cabernet Franc. Por muito tempo, acreditou-se que a Carménère era a Merlot no Chile. Foi um ampelógrafo francês que detectou diferença nas folhas e descobriu que a variedade em si era a Carménère.
Uma uva que se adapta e produz vinhos macios
No geral, a Merlot é uma variedade que se adapta bem às mais distintas regiões vitícolas do mundo. Umas das principais características desta uva é a maciez. A casta é constantemente encontrada em blends, como é o caso do nosso tinto Madai, onde entra para equilibrar a estrutura dos taninos da Cabernet Franc.
É uma das variedades mais plantadas em todo o mundo, especialmente em Bordeaux, na França. Ela consegue atingir maturação plena mesmo em climas frios, como na Serra Catarinense.
Os vinhos elaborados com esta casta apresentam aromas frutados de ameixa, amora, framboesa e cereja. Os taninos são macios, sedosos e refinados.
São excelentes parceiros para serem degustados sozinhos, mas escoltam muito bem pratos como risoto ao funghi, vitela, escalopes de carne com molho rôti ou madeira, guisados e cozidos.
Por Joana Barros, sommelière, gerente de Vendas e Marketing
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