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É possível guardar vinhos rosés para que eles envelheçam?

É possível guardar vinhos rosés para que eles envelheçam?
Com a chegada da Primavera, fazendo um esquenta para o verão, os vinhos rosés começam a florescer na adegas e lares brasileiros. 

Com os dias normalmente mais leves e quentes, tudo o que esperamos é degustar um vinho jovem, cheio de charme e vigor.

Mas será que é possível deixar um rosé envelhecer para as próximas primaveras e verões? Em alguns poucos casos, sim.

Na grande maioria das vezes, os rosés são elaborados para apresentar frescor e fruta, então as uvas são colhidas mais cedo.

O suco fermenta em tanques de inox, não passa por barrica de carvalho e tem pouco contato com semente e casca das uvas. Assim, os taninos fundamentais para o envelhecimento são poucos.

Embora o rosé tenha acidez mais alta, fator positivo para a guarda, a estrutura da maioria dos rosés não é suficiente para sustentar o vinho.

Mas há exceções, especialmente no caso de alguns rosés de Provença elaborados com uvas Mourvédre, que produzem um vinho roxo profundo que, quando jovem, tem taninos poderosos e fruta rica.

Neste caso, o envelhecimento tende a amaciar os taninos e a modificar os sabores para melhor, especialmente em blends com Cinsault e Grenache.

Rosés de Rioja, na Espanha, também podem ser guardados. Aliás, eles normalmente já chegam ao mercado envelhecidos por alguns anos.

E você, já tomou um rosé envelhecido ou prefere o frescor de um rosé jovem, como o nosso?

Por Cleisi Soares, jornalista, WSET 1 e 2

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